Praticar exercícios físicas regularmente é uma forma de manter a saúde em dia e relaxar a mente. Contudo, existem alguns tipos específicos de atividades físicas para melhorar o sono. Isso é o que comprova uma pesquisa feita pelo Centro de Sono e Neurobiologia Circadiana da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia (EUA).

Os pesquisadores americanos analisaram dados de um grupo com mais de 429 mil adultos americanos. Após meses de estudos, eles descobriram que a prática de atividades como caminhadas, corridas, andar de bicicleta, levantamento de peso, ioga, pilates e golfe proporciona um sono mais reparador durante a noite.

Atividades físicas para melhorar o sono geram resultados surpreendentes

Ao contrário dos resultados observados com o grupo que faz caminhadas, corridas e demais modalidades de atividades físicas, outro grupo – que realizou atividades físicas relacionadas às tarefas domésticas e aos cuidados com as crianças – apresentou um risco maior de privação do sono, de acordo com o estudo.

Os resultados do estudo foram apresentados na reunião anual da “Associated Professional Sleep Societies, em Seattle”, nos Estados Unidos. Os resultados discutidos nas reuniões são classificados como preliminares até serem publicados em um periódico oficial.

De acordo com o líder do estudo, Michael Grandner, um instrutor de psiquiatria do Centro de Sono e Neurobiologia Circadiana da Universidade da Pensilvânia, os resultados deste estudo foram surpreendentes.

“Este estudo não apenas mostra que aqueles que fazem exercício simplesmente caminhando têm maior probabilidade de ter melhores hábitos de sono, mas esses efeitos são ainda mais fortes para atividades mais propositais, como corrida e ioga, e até jardinagem e golfe”, disse Grandner. em um comunicado de imprensa da universidade.

Menores chances de desenvolver insônia

“Também foi interessante perceber que as pessoas que fazem atividades domésticas e cuidam de crianças tenham mais chances de desencadear insônia. Sabemos que as demandas domésticas são algumas das principais razões pelas quais as pessoas perdem o sono”, acrescentou Grandner.

O especialista salientou que os resultados são consistentes com a crescente literatura científica sobre o papel do sono no desempenho humano. “Os estudos de laboratório mostram que a falta de sono está associada a um desempenho físico e mental de baixo nível. A pesquisa nos mostra que isso é consistente com dados do mundo real”, explicou ele.

Grandner frisou que cerca de 30% a 40% dos adultos sofrem de alguma forma de insônia durante o período de um ano, e 10% a 15% sofrem de insônia grave ou crônica. Os distúrbios do sono tendem a piorar à medida que as pessoas envelhecem; desta parcela, as mulheres são as que mais sofrem com a dificuldade em pegar no sono.