Produzido pela parte superior da glândula supra-renal, o cortisol é um hormônio corticosteróide diretamente envolvido na resposta ao estresse. Logo, ele está intimamente ligado também à qualidade do sono. Alguns estudos já divulgados na área médica mostraram que os níveis de cortisona são mais altos no início da manhã e caem significativamente ao longo do dia.
Logo, o hormônio atinge seus níveis mais baixos por volta das 10 horas da manhã. Isso mostra que o corpo está mais preparado para um sono reparador nesse período do dia.
As pesquisas mostram também que há a correlação entre o hormônio e a privação de sono. Quando se perde uma boa noite de sono, os níveis de estresse e de cortisol aumentam, o que aumenta ainda mais a dificuldade em pegar no sono. Como resultado, o processo acaba virando um ciclo vicioso que precisa de investigação e tratamento adequado.
Cortisol e sono rejuvenescedor
Estudos indicaram que dormir durante as horas em que os níveis de cortisol são mais baixos proporciona um sono mais reparador para o rejuvenescimento total. O cortisol é conhecido como o hormônio do estresse, por isso também está ligado ao ciclo do sono de duas outras maneiras.
A insônia pode levar a níveis mais altos de estresse e, consequentemente, à maior produção de cortisol pela glândula supra-renal. O oposto também é verdade; altos níveis de estresse podem desencadear problemas para dormir, o que eleva ainda mais o estresse.
Como combater o ciclo cortisol-privação do sono
Vários fatores podem ajudar a combater o ciclo destrutivo entre a produção de cortisol e a privação do sono. O primeiro passo para isso é tentar dormir enquanto os níveis de cortisol estão baixos. Dessa forma, isso levará a um sono mais tranquilo e ajudará a amenizar o cansaço mental ao longo do dia.
Muitos especialistas em Medicina do Sono recomendam a prática de atividades físicas e relaxantes, que aliviam o estresse e ajudam o corpo a se preparar para adormecer. A caminhada, por exemplo, libera endorfinas – o hormônio do prazer – na corrente sanguínea, levando ao relaxamento.
Ansiedade e depressão também provocam insônia
O estresse não é o único fator desencadeador da privação do sono. Certas condições médicas, como transtornos do humor, ansiedade e depressão, além do alto consumo de cafeína podem provocar à insônia. Assim como o uso de alguns medicamentos. Nestes casos, tomar buscar ajuda médica é a melhor saída.
Com os exames específicos e o diagnóstico correto, o médico poderá prescrever medicamentos controlados, com a finalidade de induzir o paciente ao sono.
Por vezes, a produção de cortisol excessiva e a interrupção do sono são inevitáveis, mas há coisas que podem ser feitas para que isso não se torne um padrão. Se o sono foi perturbado – o que significa a dificuldade em adormecer ou de permanecer dormindo -, pode-se tentar reduzir o ritmo das atividades no dia seguinte.